quarta-feira, 24 de julho de 2013

Hackday Transporte Público


Nas últimas semanas, a equipe deste blog participou, em conjunto com diversos outros interessados, de um conjunto de reuniões e atividades sobre transporte público. Organizado pela CCD (Casa de Cultura Digital), a ideia original era um encontro único para analisar o tema, mas acabou se estendendo para diversos encontros e a formação de um grupo de trabalho. Apesar desta extensão, este grupo optou ainda por ser chamado de Hackday Transporte Público de Porto Alegre.

A ideia principal do grupo é aumentar a transparência do sistema de transporte público. Estamos buscando esta meta através de diversos ações. Por enquanto, nosso foco ainda é apenas no modal ônibus, mas pretendemos expandi-lo no futuro próximo para outros modais.

Estamos hoje liberando os dois primeiros frutos deste trabalho:



A ferramenta simplificada de simulação apresenta propostas simples que normalmente escutamos as pessoas defendendo na rua. A ideia desta ferramenta é estimular o debate, mostrando sem complicações o resultado destas ideias. Todos os seus cálculos são baseados na planilha de simulação publicada por este blog em abril deste ano (e recentemente atualizada). A ferramenta pode ser acessada aqui.

Ferramenta simplificada de simulação.

Naturalmente, esta ferramenta não permite cenários complexos, nem é este seu objetivo. A ideia aqui é aumentar a discussão sobre o assunto, bem como mostrar que não há medida que seja uma panaceia para o problema do alto valor da tarifa. A solução deve ser atingida através de um conjunto de medidas. E, devido a sua simplicidade, esperamos que ela possa ter um alto impacto de circulação, e que parte destas pessoas se interesse pela análises mais complexas.

O segundo artefato liberado hoje é uma proposta abrangente para o problema da tarifa. Esta proposta é baseada na proposta publicada neste blog em abril, mas teve uma avaliação mais detalhada e crítica. Itens não factíveis ou datas pouco realistas foram revistas. Novas ações foram incluídas e a metodologia de cálculo atualizada com base nos novos dados liberados pela prefeitura. Nos casos em que existe legislação que impede alguma das ações, informamos qual é esta legislação e como deve ser alterada.

Embora seja completa e permita a sua aplicação de forma integral, esta proposta não tem por objetivo ser fechada. Antes, ela apresenta um ponto de início par ao diálogo e mostra como o problema pode ser resolvido por meio de um plano de ações bem fundamentado. Acreditamos que propostas diferentes podem e devem ser elaboradas, enriquecendo ainda mais o debate.

O objetivo com esta proposta é apresentá-la para grupos de influência, sejam eles vereadores, EPTC, prefeitura, grupos sociais, etc. Caso tenhas contato com qualquer um destes grupos, entre em contato conosco. Agradecemos qualquer ajuda para atingir estes grupos.

Próximos Passos


Apesar de termos avançados em muitos pontos, ainda há muito trabalho a ser feito. Estamos trabalhando em outras frentes, conforme conseguimos interessados em desenvolvê-las. Alguns dos pontos que seguimos trabalhando são:

  • Reavaliação das Linhas de Ônibus: Parte fundamental da proposta apresentada e, na minha opinião, de qualquer proposta séria para o problema. Temos hoje um mapeamento das linhas de ônibus e estamos trabalhando com análises geográficas de modo a propor um sistema integrado. 
  • Divulgação: Estamos buscando vários dados já apresentados aqui no blog ou disponibilizados pela prefeitura, mas com o objetivo de apresentá-los de forma simplificada (gráficos, imagens, etc). A ideia é atingir a grande massa de leitores que fogem de textos longos e herméticos.
Ainda há muitos outros pontos importantes que não possuem grupos, tais como:
  • Avaliação do sistema de transporte intermunicipal;
  • Avaliação de outros modais de massa como trem, metrô e VLT;
  • Avaliação do modal lotação;
  • Propostas de melhoria para o modal táxi;
  • Melhorias para o tráfego de pedestres;
  • Insira aqui sua ideia!

Caso tenhas interesse em ajudar, não deixe de nos procurar. Temos um grupo de discussão aberto para este tema e podemos ser contatados por meio dele. O endereço é hackdaypoa@googlegroups.com.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

A Nova Tarifa


Após a confirmação da isenção do ISSQN, a prefeitura definiu a nova passagem dos ônibus e liberou a planilha de cálculo atualizada. A prefeitura fez um grande alarde que estaria liberando a tal planilha da transparência. Isto, entretanto, foi um factóide: a planilha que eles disponibilizaram já vinha sendo entregue. O que se reclama é que ela é confusão, não entrega todos os dados e só é apresentada após a tarifa ser aprovada, o que impede que fontes independentes (como este blog) validem seus dados.

Para quem não está familiarizado com os termos usados aqui, sugiro ler o meu texto que explica os conceitos básicos. Quem tiver maior interesse no assunto, veja a compilação de artigos explicando com o sistema funciona e propostas de melhoria.

Análise Inicial


Pois bem, avaliei esta nova planilha hoje. Embora a planilha referente à tarifa de R$ 3,05 não tenha sido entregue, esta não parece ser a mesma base de cálculo, excluindo-se os impostos liberados. Esta era uma suspeita que eu tinha, mas não parece ter se confirmado. Entretanto, ela reajusta os principais indicadores de preço, logo, os consórcios devem estar satisfeitos.

A planilha, infelizmente, está mais confusa do que nunca. Vejamos alguns problemas técnicos que eu identifiquei:
  • Como de costume, não há informação de passageiros equivalentes por categoria;
  • Desta vez trocaram o PMM (percurso médio mensal por ônibus) pelo valor total percorrido pela frota. A conversão tem que ser feita a mão, pois o que se usa é o PMM;
  • O cálculo da depreciação e remuneração não bate, usando a mesma regra usada na planilha do ano passado (e a que faz sentido!);
  • Alteraram a apresentação de vários dados do "valor por ônibus" diretamente para o "custo por quilômetro".
Pois bem, quais elementos mudaram da tarifa de R$ 2,85 para esta nova tarifa de R$ 2,80?
  1. Desoneração dos tributos, o que reduz a tarifa em 20 centavos;
  2. Desoneração da folha de pagamento, conforme o TCE já havia solicitado. Esta medida reduziu a tarifa em 11 centavos;
  3. Aumento da ordem de 1% nos insumos lubrificante, combustível e pneus;
  4. Dissídio dos funcionários;
  5. Aumento e envelhecimento da frota;
  6. Aumento altíssimo do custo dos ônibus;
  7. Aumento do número de funcionários maior que o aumento da frota;
  8. Aumento da rodagem, aumentando a tarifa em 8 centavos;
  9. Atualização do IPK, responsável por um aumento de 12 centavos.
Analisando os dados, é fácil ver que a estrutura do nosso sistema segue piorando. Cada dia pagamos mais pelo nosso transporte. Não se enganem com esta pequena queda de preços! O IPK despencou novamente, mostrando que menos pessoas tem usado (ou pagado) pelo sistema.

No que devemos prestar especial atenção?

Funcionários


Primeiramente, é importante registrar que o dissídio dos funcionários já está contabilizado. Logo, atente para qualquer reclamação das empresas neste ponto.

O mais estranho, entretanto, é que o crescimento no número de funcionários. O número cresceu mais que a frota de ônibus! Isto pode ser visto pelo aumento do indicador FU.

A pergunta que fica é: o número de funcionários realmente aumentou? Por que?

Frota e Rodagem


Enquanto o número de usuários segue caindo, o número de veículos da frota e o total de quilômetros rodados segue crescendo! A variação do último ano é assustadora:
  • Tamanho da Frota: Aumento de 35 carros, ou 2%;
  • Custo do Ônibus: Aumento de 20% do carro médio e 12% do híbrido leve;
  • Rodagem: Aumento de 12%!!!
Este aumento da frota chama atenção, dado que não há aumento do número de usuários. O aumento do custo do carro, entretanto, é escandaloso! É importante que haja uma auditoria já neste item! Note que a frota envelheceu, mas ficou mais cara. A depreciação faria um efeito de barateamento da frota média entre 15% e 6%. Logo, o preço médio dos veículos novos precisam subir ainda mais para contrabalancear este efeito.

No que tange a frota reserva, houve um claro ajuste. A lei permite até 10% de veículos para esta frota, número que estava acima deste limite nos anos anteriores. Este ano, o percentual são exatos 10%!

O aumento da rodagem também é escandaloso. Já vinhamos tendo, ano a ano, um aumento, mas desta vez foi demais! O que se deve perguntar aqui é:

  • Quantas linhas novas foram acrescentadas no sistema?
  • Quantas linhas tiveram seu trajeto aumentado?
  • Quantas novas viagens foram criadas?
Honestamente, não consigo conceber este aumento de rodagem. Minha percepção pessoal - embora puramente anedótica - é que os ônibus estão menos frequentes. Estamos falando aqui, entretanto, - e salvo a criação de diversas novas linhas - de um aumento de 10% na frequência de todas as linhas operando na cidade. Isto definitivamente seria fácil de se observar!

A rodagem elevada é hoje um dos principais problemas que nosso sistema possui. Precisamos urgentemente reformular nossa estrutura de linhas, fundindo ou excluindo linhas. Para se ter uma ideia da capacidade ociosa do sistema, basta pensar que um ônibus comporta cerca de 80 passageiros. Temos 1540 ônibus na frota operacional. Assim, temos capacidade de transportar, a cada instante, 123 mil passageiros.

Considerando que são transportados cerca de 1 milhão de passageiros por dia, podemos observar que os ônibus trabalham muito abaixo de sua capacidade. Provavelmente menos de 1/4 da capacidade. 

IPK


Aqui, mais uma má notícia. O IPK caiu 5%, o que mostra uma perda de eficiência enorme no sistema.

Entretanto, é importante observar que tivemos um aumento descomunal na rodagem. Como a planilha não fornece dados de passageiros transportados, é possível que tenha ocorrido um aumento que tenha sido ofuscado pelo aumento da rodagem.

Sem estes dados, é difícil saber exatamente o que aconteceu. A planilha precisa apresentar este tipo de informação urgentemente! Entretanto, seja qual for a causa, a notícia é ruim!

Diversos


Já havia mencionado este problema anteriormente: o cálculo do custo de pessoal administrativo está errado! Incrível que ninguém fala disso! A lei 14.459/04 é clara ao informar que este custo é 11,78% do custo do pessoal operacional! A planilha segue aplicando este percentual sobre o pessoal operacional mais manutenção. A diferença, este ano, causa um aumento dos custos de 2 centavos.

Por fim, este ano a tarifa calculada foi menor que a tarifa decretada em 1 centavo. Embora faça parte do jogo, estamos dando uma gorjeta para as empresas de ônibus. De fato, faz mais sentido arredondar R$2,79 para R$ 2,80. Contudo, se o erro do pessoal operacional não corresse, o custo calculado seria de R$ 2,77. Aí faria mais sentido arredondar para R$ 2,75. Assim, na minha opinião, a tarifa está 5 centavos mais cara do que deveria!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

ISSQN e Transparência da Planilha



Na noite de segunda para terça-feira, foi aprovada na Câmara de Vereadores de Porto Alegre a PLC 07/2013. A proposta, encaminhada pelo executivo, isenta de ISSQN o transporte coletivo, modal ônibus. Leia aqui o texto da PLC e suas emendas.

O que deveria ser algo sem maiores críticas acabou tornando-se um embate que levou a votação até a madrugada. a causa foram 15 emendas, a maior parte delas originadas da oposição. Para os comentaristas de Facebook, entretanto, o que ficou da votação foi a rejeição da transparência das planilhas de cálculo.

A Proposta de Lei Complementar


A PLC enviada pelo executivo é bastante simples. Acrescenta as categorias de serviços isentos de ISSQN o serviço de transporte público, modal ônibus. Esta isenção é limitada até o dia 31 de dezembro de 2016. A data limite foi, provavelmente, uma opção do executivo para garantir que não está fazendo futuras administrações incorrer em perda de arrecadação. caso elas desejem, que renovem a lei. Perfeito!

Pois bem, como se trata da alteração de uma lei já existente e não de uma nova, seu texto é bastante claro no que tange a qual lei está alterando: o texto da lei complementar 7 de 1973. Esta lei delibera sobre o sistema de arrecadação da prefeitura. A PLC em votação acrescenta um inciso a esta lei, definindo a nova categoria de serviço desonerado.

As Emendas


Foram apresentadas 15 emendas a este projeto de lei, a grande maioria delas pela oposição. Ganhou destaque, em especial, a emenda apresentada pelo PSOL para garantir a transparência das planilhas de cálculo. Todas as emendas da oposição foram negadas pela maioria governista.

Ao ler as emendas, entretanto, se observa o total desprepara de nossos legisladores! Fica claro que, para eles, leis se escrevem em papel de pão, como provou tão bem a emeda 15 do vereador Alberto Kopittke.

2 cacetinhos, 200 gramas de mortadela e uma peça de salaminho!

Em sua página no Facebook, o vereador Valter Nagelstein argumenta que a emenda que previa "transparência" da planilha de custos, por exemplo, foi derrubada não por seu conteúdo, mas pela forma proposta. E, infelizmente, ele tem razão em parte. Tal como redigida a emenda não poderia ser aprovada, pois ela claramente não dizia o que deveria alterar!

Leia aqui o texto da PLC e suas emendas. Analiso abaixo cada uma delas em detalhes. O texto é longo, mas vale, ao menos, uma olhada na Emenda 2 que é a que gerou comoção pública.

Emenda 1

Autores: Fernanda Melchionna e Pedro Ruas
Delibera: Associa a lei com a passagem de R$ 2,85.

Esta emenda, bem como sua subemenda, foi posteriormente retirada. Não entendi o seu propósito, pois não faz sentido associar uma desoneração a uma tarifa específica. Talvez o objetivo fosse impedir uma batalha judicial, já que a tarifa foi congelada pela justiça em R$ 2,85.

De fato, não está claro para mim, enquanto o reajuste estiver suspenso, como as desonerações de imposto serão tratadas. Me falta conhecimento jurídico aqui, mas me parece que esta emenda não resolveria o problema.

Emenda 2

Autores: Fernanda Melchionna e Pedro Ruas
Delibera: Tabela que justifica o aumento de tarifa deve ser tornada pública no mínimo 30 dias antes da reunião do COMTU. Deve ser realizada consulta popular antes da concessão do aumento.

Aqui a parte mais polêmica e onde dedicarei mais tempo: transparência da planilha. Vamos começar do básico então, isto é, o que estamos pedindo?

O texto da emenda diz (textualmente, erros ortografia e pontuação mantidos):
Acrescenta-se onde couber: 
Para a concessão de aumento tarifário no transporte coletivo de Porto Alegre, deve ser tornada pública a tabela base utilizada que fundamenta tal elevação de tarifa, com a descrição e valores de todos os insumos e tributos, e enviada à Câmara Municipal de Porto Alegre com, no mínimo, 30 dias de antecedência a reunião de Conselho Municipal de Transporte Urbano - COMTU, que tenha como ponto de pauta a elevação da tarifa. 
§1º - Devem ser realizadas audiências públicas e consultas populares antes da votação de qualquer aumento tarifário.
Bem, foi pedido então uma planilha, mas quais itens devem estar nesta planilha? A EPTC já divulga uma planilha, embora apenas após a tarifa ser implantada. A planilha já possui o custo dos insumos, tributos, etc. Assim, no meu entender, esta planilha poderia ser, tal como foi redigida a lei, plenamente aceita. Deveria apenas ser apresentada com antecedência. Estas informações são suficientes? Não, como eu mostro aqui.

Assim, embora melhorasse a situação atual ao obrigar a publicação antecipada, ainda assim, esta lei seria insuficiente para dar transparência ao sistema. Contudo, para garantir esta transparência, o parlamentar tem que saber o que pedir, o que não é o caso. Se tivessem lido o material que eu passei para eles (e que nenhum vereador respondeu!), talvez tivessem alguma ideia do que pudesse ser útil.

Um segundo ponto importante é onde este texto deveria ser acrescentado. Claramente não o seria na LC 07/73, pois esta é a lei fiscal do município. De minha parte, julgo que um local apropriado seria a lei 14.459/04 que trata do regime de cálculo da tarifa. De toda a forma, alguém tem que dizer onde colocar. E para colocar em algum lugar pertinente, é preciso conhecer as leis que regem o assunto.

Na emenda proposta, os vereadores resolvem o problema da seguinte forma: "Acrescenta-se onde couber:". Onde couber? Poxa, como será que esta emenda não foi aprovada?! Onde couber! O texto poderia ser escrito, quem sabe, no meio da Sura da Vaca no Corão! Bem, seguramente isto não é problema para os vereadores, desde que esteja escrito em algum lugar!

Quero acreditar que não tenha sido apenas incompetência. Os vereadores não saberiam o que fazer com estes dados, mesmo que viessem bem publicados. Talvez, assim, tenha sido apenas uma manobra política para desgastar quem votar contra. Algo que parece confirmar esta teoria é o fato da emenda prever uma consulta popular antes de qualquer aumento! Claro, claro! Isto é a mesma coisa que definir que o preço da passagem está congelado para sempre!

Emenda 3

Autores: Fernanda Melchionna e Pedro Ruas
Delibera: Aumento de tarifa só pode ser feito mediante licitação.

Esta até seria uma emenda boa, não tivesse ela também o maldito "Acrescenta-se onde couber:". Ao colocar isto, entretanto, o vereador matou a emenda!

Emenda 4

Autores: Alberto Kopttke, Engenheiro Comassetto, Mauro Pinheiro, Sofia Cavedon, Marcelo Sgarbossa
Delibera: Cria fundo público que captará a arrecadação das passagens e este fundo será o beneficiário da redução das tarifas.

Como?! Peraí, e a câmara de compensação tarifária? É ela ou outro fundo? E que diferença faz isto? Na minha avaliação, pura politicagem!

Emenda 5

Autores: Alberto Kopttke, Engenheiro Comassetto, Mauro Pinheiro, Sofia Cavedon, Marcelo Sgarbossa
Delibera: Idem a emenda 2, mas com erro de grafia no COMTU (escrito como CONTU).

Emenda 6

Autores: Alberto Kopttke, Engenheiro Comassetto, Mauro Pinheiro, Sofia Cavedon, Marcelo Sgarbossa
Delibera: Delibera que a planilha de cálculo da tarifa deve ser revista para contemplar a isenção.

A emenda mostra a ignorância dos parlamentares sobre o assunto. A planilha de cálculo tarifário é regida pela lei 14.459/04 que já determina o papel dos impostos. Assim, remover os impostos já altera o valor da passagem automaticamente.

Emenda 7

Autores: Alberto Kopttke, Engenheiro Comassetto, Mauro Pinheiro, Sofia Cavedon, Marcelo Sgarbossa
Delibera: Define que a base de cálculo para o recálculo da tarifa deve ser R$ 2,60.

Posteriormente retirada, tal como a emenda 1.

Emenda 8

Autores: Alberto Kopttke, Engenheiro Comassetto, Mauro Pinheiro, Sofia Cavedon, Marcelo Sgarbossa
Delibera: Altera composição do COMTU.

Honestamente, aqui admito a minha ignorância. Desconheço se a composição atual não seja democrática, conforme dito na justificativa da emenda.

Parece, entretanto, mais uma disputa de poder do que qualquer coisa. Hoje a maior parte dos cargos está com entidades civis e o executivo. A emenda prevê um terço das vagas para membros eleitos, ou seja, abre maior possibilidade para e oposição ser representada.

Emenda 9

Autores: Fernanda Melchionna e Pedro Ruas
Delibera: Define que o dissídio só pode ser usados na planilha de custos se forem resultado da Comissão de Negociação.

Mais uma vez, admito a minha ignorância. Desconheço no que isto altera na prática o procedimento atual. O fato da emenda não ter justificativa me deixa ainda mais perdido. Algum leitor sabe do que eles estão falando?

Emenda 10

Autores: Cláudio Janta
Delibera: Define que estarão isentas de ISSQN apenas empresas com concessão obtida por meio de licitação.

Olha, aí até estaria uma boa ideia. Isto ia aumentar a pressão para a criação de uma licitação. Entretanto, esta proposta teria o resultado imediato de tornar a PLC inútil, pois nenhuma empresa está licitada. Assim, nenhuma redução de tarifa ocorreria...

Emenda 11

Autores: Cláudio Janta
Delibera: Garante a isenção apenas para empresas que disponibilizarem sanitários para os funcionários nos pontos de início e fim da linha.

Se empolgou. Simpatizo com este problema para os funcionários, mas o lugar de lutar por isso não é no texto da lei que define o regime tributário do município!

Emenda 12

Autores: Airto Ferronato
Delibera: Altera a redação para deixar claro que a isenção é destinada apenas para ônibus.

Deixa claro que a isenção não vale para  lotações. Única emenda aprovada.

Emenda 13

Autores: Fernanda Melchionna e Pedro Ruas
Delibera: Define que a compensação da renúncia fiscal da prefeitura será feita mediante a redução de cargos de confiança e gastos com publicidade.

E como eles pretendem garantir isso? Poxa, vamos deixar o executivo governar gente!

Emenda 14

Autores: Fernanda Melchionna e Pedro Ruas
Delibera: Delibera que o valor da passagem de ônibus deve levar em conta os tributos que deixam de incidir sobre ela.

Idem ao comentário da emenda 6.

Emenda 15

Autores: Alberto Kopttke
Delibera: Define que a isenção deve corresponder em uma redução do valor da tarifa.

Idem ao comentário da emenda 6.