sábado, 25 de maio de 2013

Deu a louca nos rodoviários!

A Carris segue de mal a pior! Depois do presidente divulgar que a Carris opera com prejuízo, mais problemas assolam a companhia estatal de transportes. Agora os rodoviários das linhas T3 e T4 decidira entrar em "greve". Não sei o que é mais grave nesta greve: o fato de estarem mais uma vez ignorando a legislação sobre greve ou os itens reivindicados.

Já falei sobre isto aqui antes: fazer greve não é deixar de ir trabalhar. Existe legislação que define os direitos e deveres dos grevistas (lei 7.783 de 1989). Nesta lei, é definido que o transporte de passageiros constitui um serviço essencial. Grevistas que trabalham em serviços essenciais devem:

  1. Garantir serviços mínimos à sociedade;
  2. Comunicar a decisão aos empregadores com 72 horas de antecedência;
  3. Só é greve (e aqui vale para serviços não essenciais também) quando a entidade sindical convoca uma assembléia e, nesta assembléia, é decidido o início da greve. 
Nenhum destes itens foi respeitado pelos "grevistas", logo, o que eles estão fazendo é se recusar a trabalhar. Note que este fato não é ruim apenas para a empresa, mas também para os usuários do sistema, que não foram comunicados da paralisação. Isto é muito sério, pois mina a credibilidade do sistema!

Independente dos motivos da "greve", este tipo de atitude não pode ser admitido! é necessário que a prefeitura tome uma ação drástica quer seja processando o sindicato - se eles não concordam com a greve, paciência, que se entendam com seus associados! -, quer seja punindo os funcionários. Enquanto uma atitude drástica não for tomada, ações irresponsáveis como estas continuarão a ocorrer!

O segundo absurdo são as exigências do movimento: há aqui, por exemplo, o descontentamento pela demissão - por justa causa - de um cobrador. Honestamente, se houve uma demissão por justa causa, ou o funcionário realmente deveria sair dos quadros, ou ele poderá ingressar na justiça contestando os motivos da demissão. Demissões deste tipo são geralmente muito bem fundamentadas, pois a justiça trabalhista já tem um viés pró trabalhador.

O mais surreal, entretanto, é a demanda para abolir a exigência do uso de cinto de segurança! Primeiramente, isto está aquém da empresa, pois isto é uma lei nacional! Segundo, o equipamento justamente é usado para aumentar a segurança do trabalhador, logo, eles estão querendo diminuir a sua segurança! É como se os operários da Gerdau entrassem em greve exigindo que não sejam cobrados para usar EPI! Colocar um item destes na pauta ou é sinal de má fé ou de profunda ignorância!

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