terça-feira, 25 de junho de 2013

Os Pactos de Dilma - Educação


Este artigo faz parte de uma série sobre o discurso da presidente Dilma no dia 14 de junho de 2013. Apesar de não fazer parte da temática do blog, as propostas levantadas merecem uma análise, dado que impactam também as cidades.

O Brasil segue fazendo feio em educação. E o governo segue sem um plano real para o setor! "Mas e os 100% do royalties do petróleo para educação?" Este é o tipo de medida de um mau administrador.

Nenhum problema se resolve colocando dinheiro goela abaixo! Sem planejamento, tudo que se pode atingir é dinheiro desperdiçado. Poderia até ser a favor dos royalties aplicados em educação, se alguém soubesse me responder a seguinte pergunta: "Quanto dinheiro é necessário para a educação?" A verdade é que ninguém sabe esta resposta, pois ninguém tem um plano para isso!

Vincular a receita pode ser colocar dinheiro demais na educação. Pode ser colocar dinheiro de menos. O certo é o dinheiro dos royalties acabarem no caixa do governo e que ele gaste conforme seja necessário, incluindo as sazonalidade que podem ocorrer devido a variações demográficas!

O principal problema da educação brasileira hoje não é falta de recursos, mas sim falta de um projeto de educação viável. E a culpa disso é de um profissional: o pedagogo. Hoje, o pedagogo brasileiro é o maior responsável pela nossa péssima educação. Precisamos urgentemente tirar deles o controle do nosso plano educacional! Uma classe que não acredita na habilidade inata não pode comandar nossa educação!

Hoje, nossa educação tem sua qualidade medida por número de formados, mas nossos formados são incapazes de fazer o que sua formação se propõe. Nosso ensino de ciências exatas é pífio, pois os profissionais que comandam nosso sistema de ensino são incapazes de enter o básico desta área. E são justamente as ciências exatas que tem se mostrado a locomotiva de crescimento das principais economias do mundo, bem como a principal demanda do mercado.

Infelizmente isto não significa que as áreas não exatas estão em melhor estado. Hoje o brasileiro já sabe ler mas não consegue entender o que está escrito. Ele não entende os conceitos mais básicos de história. Ele não é educado em como nosso sistema político funciona!

Algumas ações que devem ser feitas na área de educação:
  1. Lançamento de um pacto nacional, não com as escolas, mas com os pais. Eles devem ser parceiros na educação dos filhos. devem parar de se preocupar se seu filho vai passar de ano e sim se está aprendendo algo!
  2. Redefinição do currículo do ensino médio e fundamental;
  3. Fim da exclusividade de ensino para formados em licenciatura (hoje um bacharel não pode dar aulas);
  4. Reformulação do currículo das licenciaturas;
  5. Forte política de atração de profissionais estrangeiros para as universidade brasileiras. O objetivo é quebrar o gargalo que temos em muitas áreas para formação de profissionais de licenciatura e de bacharelado.
  6. Definição de dois tipos de universidades públicas:
    1. Universidades de Base: O objetivo aqui é formar profissionais operacionais, ou seja, capazes de lidar com o dia a dia das atribuições de sua profissão. Devem ser mais focadas em ensino e extensão;
    2. Universidades de Referência: O objetivo aqui é formar alunos de excelente capacidade, capazes de desenvolver conceitos novos em suas áreas. devem ser mais focadas em ensino e pesquisa.

Universidades de base devem ser o grosso de nossa formação. O objetivo seria formar um profissional que conduza o trabalho do dia-a-dia. A exigência não necessita ser tão alta, a formação pode ser mais barata (mais alunos por classe), etc. Aqui é importante que o currículo esteja em sintonia com as exigências correntes do mercado, de modo que o aluno possa, uma vez formado, ser rapidamente absorvido. A atração deve ser feita geograficamente, permitindo que o aluno não se afaste muito de sua origem, o que igualmente economizará recursos.

Universidades de referência devem ser o ponto de atração para os melhores alunos. Elas devem estar preparadas para receber alunos de todos os pontos do brasil, com casas de estudante e outras estruturas de apoio. 

O número de vagas não deve ser fixo, mas variar de acordo com o número de alunos interessados no curso que estejam acima de um determinado patamar. Assim, por exemplo, caso a admissão seja por meio de vestibular, apenas alunos com escore superior serão aceitos. Se apenas dois forem aprovados em dado ano, apenas dois serão aceitos.

A exigência nestas universidades deve ser alta. Não devem ser feitas concessões para "empurrar" alunos para se formarem. Aqui devem ser formados os melhores profissionais do pais. 

Universidade de referência seriam medidas com base em critérios e deveriam ter objetivos mínimos para manter este status. Caso caiam de produção, passaram as ser cobradas sobre o critério de quantidade e não mais de qualidade.

Estes dois tipos de universidade são necessárias, pois o Brasil necessita destes dois tipos de profissional! Hoje, temos uma grande confusão, permitindo que alunos de baio desempenho entrem em universidades de alto desempenho e fiquem rodado sistematicamente, trazendo um custo absurdo para o sistema educacional.

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