quarta-feira, 24 de abril de 2013

Ônibus - Formas Alternativas de Arrecadação (Parte 2)

Ainda estou tentando acertar meu modelo para o sistema de passes (ainda não achei meu erro). Enquanto isso, fiz uma alteração no modelo postado ontem.

Segundo uma crítica do leitor Adriel, o modelo deveria considerar um teto para as passagens. Ele fez outras sugestões também que incorporei ao modelo. Agora o modelo possui o seguintes parâmetros:

  • % Médio por Passag.: Este parâmetro indica, para a média dos passageiros, qual o percentual do trajeto total da linha é utilizado. Por exemplo, estimasse que os passageiros percorrem, em média, 60% do trajeto total da linha (do sistema, não da linha);
  • % Passag. Tarifa Máxima: O modelo agora permite colocar um valor para a tarifa máxima, ou seja, continuamos subsidiando linhas longas, mas de forma mais moderada. Aqui se estima qual o percentual total de passageiros (do sistema, não da linha)  percorrem um trajeto que os obriga a pagar tarifa máxima;
  • Teto de km: Indica qual é a quilometragem (do sistema, não da linha) a partir do qual o passageiro paga tarifa máxima. Atenção para o fato de que, na vida real, estes três parâmetros possuem uma correlação, mas o modelo não leva esta correlação em consideração;
  • Rodagem - Teu Trajeto: Permite simular como ficaria o custo da passagem para uma linha (ou para parte do trajeto de uma linha) baseado na distância percorrida.

Ainda, criei m novo modelo de tarifa. Neste novo modelo, o preço da tarifa é constituído de 50% de custo médio (Custo km total dividido pelo IPK do sistema) e 50% pelo modelo de custo por quilômetro. Continuo permitindo a simulação de todas estas hipóteses na Planilha de Simulação.

O novo modelo minimiza ligeiramente os problemas de injustiça social que destaquei no post anterior. a linha 510 - Auxiliadora (exemplo de linha eficiente) passa a custar R$0,83 para 50% do trajeto e R$1,67 para 100%. Usando o modelo composto (50% fixo + 50% por km) os valores mudam para R$1,52 e R$2,27. No caso da linha Lami (pior caso possível para custo), os valores no modelo totalmente variável são R$1,15 e R$8,07 e, no modelo misto, R$2,01 e R$7,20.

Ainda considero este modelo demasiadamente complexo e com desvantagens que não autorizam a justificar o seu uso. Além disso, há muitas incertezas neste cenário, tornando o preço mais imprevisível. De toda a forma, os interessados neste sistema agora podem avaliar melhor seus impactos. 

Aguardo então uma boa justificativa para o seu uso, caso contrário considero apenas uma curiosidade!

4 comentários:

  1. Infelizmente não chegaste a estipular o teto. Puramente por km acho inviável.

    Outra coisa que gostaria de ver simulação, é passagem com preço váriável (mais caro nos horários críticos e/ou de menor demanda).

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    1. Aí me parece que estamos saindo de um modelo de custo, Adriel. A menos que tu queiras que estes horários subsidiem os demais. Mas aí não tenho dados. Saindo do modelo de custo, as simulações param de fazer sentido. Podes então só colocar um preço premium em determinado s horários. Creio que o mais interessante, neste cenário, seria analisar o impacto na demanda. Isto não sei se teria como fazer sem um experimento.

      Quanto ao teto que eu não entendi. eu coloquei sim a possibilidade de informar um teto. ele impacta todos os cálculos. O que ficou faltando?

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. A vantagem deste modelo é dissipar a demanda do horário de pico. Quem não tem urgência em viajar neste horário, sairia antes ou depois para economizar. Com isto o grosso do custo com frota diminuiria já que seriam necessários menos ônibus no total. Isto melhoraria a eficiência do sistema permitindo redução do custo da passagem.

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